quinta-feira, 7 de março de 2013

Convite

Considerem-se todos convidados! E partilhem, por favor. Obrigada!

Manifest

Margarida Alfacinha is an Artist, Store Manager, Mother of two and a citizen who is willing to learn more about "citizenship". The origin of the project "376 Drawings" stems from a debt (an aching gut), from a problem from which there seemed no way out, and is about the solution to this very problem. Margarida has a Social Security debt and wants to use her creative work to settle it with the sale of 375 drawings. She believes that by settling this debt, besides improving her life, she will also improve the lives of those who depend on social benefits for their pensions and retirement funds. 375 drawings of 24 x 15cm will be sold for the symbolic amount of 20€ each with the objective of paying the said debt and contributing to a better society, based on greater values of fairness and community. These works of art are numbered and signed by the artist. This whole idea is based on the premise that all together and with limited resources, much can be achieved, and that with creativity, we can change the world around us. This project stands as an act of resistence to paralysis by fear, to shame, and to the increasing isolation of people when confronted with adverse situations. When the artist was faced with a very real problem, and realised she had nothing to lose she knew that the only way out was to use the resources with which she was born: the strength and courage to use her drawings to help build herself a present and a future at the service of freedom. Margarida has lived in Lisbon for 37 years now.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Associação de Almas

O projecto 375 Desenhos em geral e Margarida Alfacinha em particular estão muito gratos à associação ARTA, que vem disponibilizando muito gentilmente parte do seu espaço para o atelier da artista. A ARTA ("Associação Recreativa Taberna das Almas", com sede na Rua do Regueirão dos Anjos, números 68 a 70, freguesia dos Anjos em Lisboa) visa exclusivamente a defesa e valorização da cultura e das artes em geral. E isto traduz-se na promoção, na divulgação e no apoio a projectos culturais, inovadores e alternativos, no domínio do teatro e das actividades de natureza artística em geral (literárias, audiovisuais, multimédia, de dança, musicais, circenses ou gastronómicas). Traduz-se em incentivar e participar na valorização das actividades de criação cultural, em contribuir para a divulgação de novos projectos e propostas culturais, disponibilizando um espaço para apresentação pública de projectos relevantes.

Uma casa que é um achado

O projecto 375 Desenhos em geral e Margarida Alfacinha em particular estão muito gratos à Casa da Achada | Centro Mário Dionísio, que acedeu muito gentilmente a receber a exposição de desenhos da artista (nos próximos dias 16 e 17 de Março). Fundada em Lisboa em Setembro de 2008 por mais de meia centena de familiares, amigos, conhecedores e estudiosos da obra de Mário Dionísio, a associação tem por objectivo divulgar a sua obra. Uma associação cultural sem fins lucrativos que também se afirma como um pólo cultural da cidade de Lisboa.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

375 desenhos para saldar dívida da Segurança Social"

"De um momento para o outro, Margarida Alfacinha, 37 anos e mãe de dois filhos, viu-se confrontada com uma dívida à Segurança Social superior a 7.500 euros. Sem dinheiro para pagar o valor em falta, encontrou na arte uma solução criativa: criou 375 desenhos que vão ser vendidos a um preço simbólico.

Esta dívida resultou de serviços que Margarida Alfacinha, designer e artista plástica, desempenhou para uma entidade onde trabalhava a tempo inteiro mas sem contrato, no chamado regime de "falsos recibos verdes". Na altura, não tinha dinheiro para pagar mensalmente as prestações da Segurança Social pelo que agora assume a dívida que, nas suas palavras, se "tornou uma dádiva".

"Este jogo de palavras, de dádiva enquanto sinónimo de 'dar' o meu trabalho, pretende chamar a atenção para um problema que afeta muitos dos portugueses que se encontram numa situação precária, desprotegidos pelo sistema ou ao serviço de entidades empregadoras que não se responsabilizam por contratos de trabalho", explica a artista ao Boas Notícias.

Embora assuma a dívida como sua e reconheça a "grande importância que a Segurança Social representa para os cidadãos", Margarida considera que é "fundamental que funcione de forma organizada e justa". "No caso dos trabalhadores a recibos verdes" é urgente reavaliar o sistema "para se responsabilizar primeiro as entidades empregadoras e ajustar as contribuições dos trabalhadores", salienta.

De acordo com o atual regime de recibos verdes, os trabalhadores independentes têm de descontar quase 30% da sua retribuição mensal para a Segurança Social. Ou seja, um trabalhador que receba o ordenado mínimo descontará 124 euros por mês. Neste momento, as prestações independentes à Segurança Social cobrem 11 escalões dependendo do rendimento.

Novas ideias e novas propostas. Mas a prioridade, agora, é saldar esta dívida. Para isso, Margarida, mãe de dois filhos e que, neste momento, é também gerente de uma loja na Baixa, encontrou uma solução criativa. Está a concluir uma série de 375 desenhos únicos, numerados e assinados, que vão ser vendidos pelo valor de 20 euros cada um, numa venda a decorrer na Casa da Achada (Mouraria), nos dias 16 e 17 de Março de 2013, onde também será possível ver a artista "em ação".

Às pessoas que enfrentam problemas semelhantes, Margarida aconselha que "procurem ajuda através de organismos que estão a fazer um trabalho sério na procura de soluções para o problema dos trabalhadores precários".

"Neste momento parece-me muito importante que este assunto seja debatido pelo maior número de pessoas: o debate ajuda à informação e é necessário que surjam novas ideias e novas propostas para melhorar e reformular o sistema social", conclui.

Clique AQUI para visitar o Facebook dos 375 Desenhos e AQUI para aceder ao blogue onde é possível acompanhar a evolução do projeto." Patrícia Maia, Boas Notícias

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"Designer faz desenhos para pagar dívida à Segurança Social"

Confrontada com uma dívida à Segurança Social, uma designer resolveu fazer, de uma vez, centenas de desenhos para conseguir liquidá-la. Margarida Alfacinha mostrou ao Expresso alguns dos 201 que já pintou.

Perante o problema, Margarida Alfacinha concentrou-se na solução. Em outubro do ano passado, depois de receber uma notificação para pagar 7500 euros à Segurança Social, dívida resultante de um período a trabalhar como "falso recibos verdes", a designer resolveu pintar 375 desenhos para angariar o dinheiro a pagar ao Estado.

Da ideia à ação, Margarida apressou-se a lançar - literalmente - as mãos à obra e vai já no 201º desenho. "No fundo são mais pinturas", trabalhos que tem realizado com os materiais que tinha no ateliê, cumprindo tão disciplinadamente "quanto a criatividade vai permitindo" um calendário "rígido" pré-definiddo.

Margarida, 37 anos, tem dois filhos e é desde há algum tempo gerente da loja A Casa Portuguesa, o que significa que o projeto "Quando uma dívida se torna uma dádiva" está a ser realizado depois do horário laboral e aos fins de semana.

"Saio e vou a correr para o ateliê", conta ao Expresso, "tentando fazer entre oito a dez desenhos por dia, durante a semana, e 15 a 20 aos sábados e domingos".

Para divulgar a iniciativa, criou uma comunidade no Facebook, com o nome do projeto, e vai divulgando a evolução do seu trabalho no blogue www.375desenhos.blogspot.com. Se tudo correr como previsto, cada desenho será vendido por 20 euros.

Também à venda online Nos dias 16 e 17 de março todos os desenhos estarão expostos na Casa da Achada, em Lisboa, onde poderão ser adquiridos, "embora muitos deles possam estar nessa altura já reservados, porque as obras também vão ser vendidas online e enviadas pelo correio depois desta data", explica a designer.

Os desenhos são únicos, numerados, assinados e trabalhados num formato idêntico, em folhas com 24 por 15 centímetros.

Tem sido difícil encontrar inspiração? "Os desenhos estão a resultar no oposto do que é a dívida. Quando os faço penso nos problemas das outras pessoas e na situação actual do país, mas esforço-me por traduzir o inverso", confidencia Margarida Alfacinha, que prefere "pintar coisas positivas: o futuro, a alegria, a felicidade e o que de mais positivo encontro na vida".

A sua vontade é que os compradores dos seus trabalhos encontrem neles "a esperança e, sobretudo, a capacidade de agir". A mesma que a levou a descobrir, com originalidade, uma via para resolver um problema de difícil resolução.

"Na altura a que esta dívida remonta, com o valor que estava a receber, embora numa empresa a tempo inteiro, mas a recibos, não tinha possibilidade de pagar todos os meses a Segurança Social, e agora também não queria fazer nenhum empréstimo ou pedir dinheiro a ninguém", confessa. "Pensei: 'o que sei realmente fazer que me permita conseguir esta quantia?' Sei desenhar. Foi desta constatação que parti".

Mafalda Ganhão, Expresso.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

"375 desenhos para pagar a dívida à Segurança Social"

"A dívida de 7.500 euros por "falsos recibos verdes" deu inspiração à designer Margarida Alfacinha para criar obras de arte e vendê-las ao publico.

"Quando uma dívida se torna uma dádiva". É assim que a artista caracteriza o projecto "375 desenhos" apresentado no blogue criado por Margarida onde dá a conhecer o seu problema.

Com 37 anos e duas filhas, a designer é também artista plástica e gerente de uma loja em Lisboa, explica à Lusa. Contraiu a dívida quando "estava numa empresa a tempo inteiro, com um superior hierárquico e horário de trabalho, mas a recibos", os "chamados falsos recibos verdes".

Margarida Alfacinha recorda que "na altura, com o valor que estava a receber, não tinha possibilidade de pagar [mensalmente] a Segurança Social", e assume a dívida como sua e pretende pagá-la. "Eu não questiono isso."

A designer arranjou uma alternativa original para pagar a dívida: em vez de contrair um empréstimo bancário ou requerer o pagamento por parcelas "que ia levar juros durante anos e anos" resolveu apelar à criatividade e dividir o valor total da dívida por desenhos para venda ao público.

Cada desenho custa 20 euros "um valor simbólico no meio artístico e acessível à maioria das pessoas que neste momento investem pouco em Art".

Recorrendo a material "que tinha disponível no atelier", os desenhos são, "no fundo pinturas", únicos, numerados e trabalhados num formato idêntico, em folhas com 24 por 15 centímetros.

O projeto pode ser visto em exposição na totalidade no dia 16 e 17 de março na Casa da Achada, em Lisboa, mas "alguns [desenhos] já estão encomendados"."

Dinheiro Vivo